Na segunda-feira (17), o Tribunal do Júri da Comarca de Augustinópolis proferiu a sentença que condenou o réu a 38 anos, sete meses e 15 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, pelos crimes de homicídios consumado e tentado, além do tráfico de drogas. A decisão foi conduzida pelo promotor de Justiça Elizon de Sousa Medrado e remete aos acontecimentos ocorridos em 7 de junho de 2020, na cidade de Esperantina.
No episódio, a vítima F. E. Rodrigues Silva foi alvejada por disparos e, apesar de gravemente atingido, sobreviveu ao ataque. Investigações apontaram que, momentos antes de disparar, o réu teria proferido “Segura aí nos peitos”. A ação foi caracterizada como motivada por um impulso fútil – praticada com o intuito de satisfazer a vontade de atirar em alguém – e empregou recursos que dificultaram a defesa da vítima.
O caso ganhou contornos ainda mais graves com o assassinato de Lucimara Barbosa Ventura, cunhada do réu, cuja morte foi agravada pela qualificadora de ter sido cometida contra uma mulher e por ter sido praticada contra um familiar. Além disso, o crime apresentou o agravante do cometimento com a finalidade de ocultar outro delito.
Na mesma decisão, J.A.V foi condenado por tráfico de drogas. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime, aumentando a pena devido à qualificadora de motivo torpe, uma vez que o réu trocava serviços prestados pelas vítimas por pedras de crack.
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A sentença reforça o compromisso do sistema judiciário em combater atos de extrema violência e práticas ilícitas que alimentam o tráfico de entorpecentes. Enquanto o processo segue para os trâmites recursais, familiares e a comunidade acompanham de perto os desdobramentos deste caso, que ressalta a necessidade de ações preventivas e de uma atuação incisiva das autoridades na busca pela segurança pública.
