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Afastado do cargo, Wanderlei diz em vídeo que é vítima de perseguição política

Após Operação Fames-19, governador afirmou que vai lutar para retomar o mandato e acusou o vice Laurez de tentar derrubá-lo desde o início da gestão.
por 04/09/2025

Palmas (TO) – No mesmo dia em que foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e alvo da segunda fase da Operação Fames-19, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), publicou um vídeo em suas redes sociais. Na gravação, ele afirmou que vem enfrentando uma “perseguição política’, e prometeu lutar para reassumir o comando do Executivo.

Wanderlei voltou a responsabilizar o vice-governador Laurez Moreira pelas articulações que, segundo ele, teriam levado ao afastamento.

“Eu ganhei as eleições passadas com quase 500 mil votos e para isso derrotei pessoas que não aceitaram e se juntaram ao vice-governador Laurez (…). Eu tinha informações diárias dele em Brasília, tentando o tempo inteiro me afastar do mandato, de uma função que eu fui eleito com quase 500 mil votos.”

O governador disse ainda que sua separação política de Laurez se deve justamente a esse movimento:

“Por isso o meu afastamento do Laurez, porque eu sabia o que ele estava fazendo.”

Na mensagem, Wanderlei defendeu o legado do governo e disse ter promovido avanços em áreas essenciais do Estado:

“Um governo que mudou os rumos do Tocantins, um governo que melhorou as estradas, escolas, os hospitais, o servidor público, a segurança pública, um governo que fez a movimentação econômica, o crescimento econômico do Estado.”

Contexto da operação

O afastamento foi determinado no âmbito da Operação Fames-19, que investiga supostos desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. Entre 2020 e 2021, foram firmados contratos de R$ 97 milhões para o fornecimento de cestas básicas e frangos congelados. A Polícia Federal estima que mais de R$ 70 milhões tenham sido desviados.

Além do Palácio Araguaia, sede do governo estadual, a operação também alcançou a Assembleia Legislativa do Tocantins, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dez gabinetes parlamentares.

A Assembleia Legislativa do Tocantins emitiu uma nota de esclarecimentos após a operação.

“A Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto) informa que prestou nesta quarta-feira, 3, colaboração total e irrestrita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e à Polícia Federal (PF), no cumprimento integral das determinações contidas em dez mandados de busca e apreensão, com a devida disponibilização de todos os equipamentos, documentos e informações solicitados.

Informa ainda que a Procuradoria Geral da Casa não teve acesso aos autos, portanto, desconhece-se o que motivou a expedição dos referidos mandados. Além disso, a Aleto não foi intimada de nenhuma decisão judicial relacionada ao caso, que ainda está em curso.

Os mandados de busca e apreensão aos quais a Aleto teve acesso foram direcionados aos gabinetes parlamentares dos deputados Amélio Cayres, Claudia Lelis, Cleiton Cardoso, Ivory de Lira, Jorge Frederico, Léo Barbosa, Nilton Franco, Olyntho Neto, Valdemar Júnior e Vilmar de Oliveira”.

Wanderlei disse que seguirá em Brasília para tentar reverter a decisão judicial e “restaurar o governo”. O processo tramita em sigilo no STJ e novas fases da operação não estão descartadas.

Mágson Alves

Mágson Alves

| Criador de conteúdo | Filmaker | Fotógrafo |

CEO e fundador do Diário de Augustinópolis, o portal de notícias que mais cresce na região.

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