Palmas, 8 de julho de 2025 – O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (8) a substituição da prisão preventiva do prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), por prisão domiciliar, em razão do agravamento de seu estado de saúde.
Internação e procedimento médico
Na madrugada de hoje, Eduardo Siqueira Campos foi levado às pressas ao Hospital Geral de Palmas (HGP) após relatar fortes dores no peito. Após avaliação, o prefeito foi diagnosticado com infarto agudo do miocárdio, submetido a cateterismo de urgência e permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sob cuidados intensivos.
Base da decisão judicial
A defesa de Eduardo vinha requisitando ao STF, desde a semana passada, a conversão da prisão preventiva em domiciliar, apontando incompatibilidade do preso com as condições de detenção após o infarto. O laudo médico atualizado, anexado ao pedido, serviu de fundamento para a decisão de Zanin, que considerou o risco à vida e à integridade física do prefeito.
Contexto da prisão e medidas cautelares
O prefeito foi preso em 27 de junho, durante a Operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal, que investiga suspeitas de vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A prisão preventiva havia sido decretada pelo STF a pedido da Procuradoria-Geral da República.
Na decisão de hoje, além da liberdade domiciliar, o ministro Zanin estabeleceu medidas cautelares, que incluem monitoramento eletrônico e restrições de deslocamento, cujos detalhes serão formalizados em despacho complementar.
Próximos passos
Os familiares de Eduardo Siqueira Campos divulgaram nota agradecendo as manifestações de apoio e pedindo orações. O HGP deve emitir novo boletim médico ainda hoje, com informações sobre a evolução clínica do prefeito. A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal foram comunicadas da decisão e acompanharão o cumprimento das medidas determinadas pelo STF.