Após um período de suspensão, o seguro obrigatório para veículos, o DPVAT, será reintroduzido no Brasil a partir de janeiro de 2025, agora com o nome de SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). O novo modelo de cobrança promete facilitar o processo para motoristas e vítimas de acidentes, mas traz também algumas mudanças importantes no sistema de gestão e no valor da cobrança.
O seguro DPVAT foi criado com o objetivo de fornecer indenizações para vítimas de acidentes de trânsito, cobrindo casos de morte, invalidez permanente e despesas médicas. Suspenso em 2020 durante o governo Jair Bolsonaro, o fundo foi utilizado até novembro de 2023 para pagar as indenizações. No entanto, desde essa data, o pagamento foi interrompido devido à falta de recursos, até que, em 2024, o Congresso aprovou a reintrodução do seguro, que agora passará a ser chamado de SPVAT.
O novo modelo trará mudanças significativas. A principal delas é que a Caixa Econômica Federal será a responsável tanto pela arrecadação quanto pelo pagamento das indenizações. Isso diferencia do modelo anterior, que era administrado por consórcios privados. Em estados que não optarem por incluir o seguro no pagamento do IPVA ou do licenciamento, a cobrança será feita de forma separada, com o motorista tendo que acessar os canais da Caixa para emitir e pagar a guia
A previsão é que o valor do SPVAT fique entre R$ 50 e R$ 60 por veículo, com cobrança anual obrigatória para todos os proprietários de veículos motorizados. Essa cobrança será essencial para garantir a regularização dos veículos e o direito às indenizações em caso de acidente
A reintrodução do seguro é vista como uma medida para apoiar financeiramente as vítimas de acidentes de trânsito, especialmente aquelas que não têm cobertura de seguro privado. Embora o valor do seguro seja relativamente baixo, o impacto positivo nas vítimas, principalmente em relação ao tratamento médico e reabilitação, é um dos principais objetivos da medida
Com o retorno do seguro SPVAT, o Brasil passa a reforçar a proteção às vítimas de acidentes de trânsito, oferecendo uma alternativa para quem não tem seguro privado. A implementação de novas regras de gestão e cobrança promete melhorar a eficiência do sistema, embora os motoristas devam se preparar para mais essa despesa obrigatória a partir de 2025. A expectativa é que o novo seguro traga mais segurança financeira para as vítimas e facilite a regularização dos veículos em todo o território nacional.