Após Desabamento de Ponte, Restrição a Caminhões Pesados Inflama Tensão em Tocantinópolis

por 26/01/2025
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O decreto assinado pelo prefeito Fabion Gomes (PL), limitando o tráfego de caminhões acima de 25 toneladas no perímetro urbano de Tocantinópolis (TO), gerou reações distintas na região. A decisão, que entrou em vigor neste sábado, 26 de janeiro, às 10h30, tem como principal objetivo proteger a infraestrutura da cidade e evitar riscos à segurança pública, após o desabamento da ponte que conectava Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO).

O contexto da medida

O desabamento da ponte sobre o rio Tocantins interrompeu a ligação direta entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), levando à adoção de rotas alternativas. Entre elas, destacou-se o uso de balsas na travessia entre Porto Franco (MA) e Tocantinópolis (TO), o que intensificou o fluxo de veículos pesados nesse trecho e sobrecarregou as vias urbanas de Tocantinópolis. O prefeito justificou a restrição como uma medida necessária para evitar o colapso da infraestrutura local e mitigar riscos de acidentes envolvendo veículos de grande porte.

De acordo com o Decreto 7/2025, a travessia de veículos de passeio e caminhões com peso bruto inferior a 25 toneladas continua liberada. A empresa responsável pela operação das balsas, PIPES, deverá organizar o transporte de forma que minimize os impactos para a população e a economia local.

Reação dos caminhoneiros e da população

A medida, contudo, não foi bem recebida por todos. Caminhoneiros protestaram contra a decisão, argumentando que a proibição compromete suas atividades econômicas e aumenta os custos de transporte. Alguns moradores também se manifestaram contrários, temendo que a restrição prejudique o abastecimento de bens essenciais e agrave a situação econômica da região.

Por outro lado, setores da sociedade apoiaram a decisão, considerando-a necessária para preservar as condições de segurança no perímetro urbano e evitar tragédias maiores. “Entendemos a insatisfação, mas a cidade não tem como suportar o tráfego intenso de veículos pesados sem um colapso total”, declarou um morador que pediu para não ser identificado.

Críticas ao DNIT e cobrança de soluções

No comunicado oficial, a Prefeitura de Tocantinópolis também criticou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pela falta de ações concretas para mitigar os impactos causados pelo desabamento da ponte. Apesar de já terem se passado mais de 30 dias desde o incidente, nenhuma alternativa viável foi disponibilizada pelo órgão, como balsas adicionais entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).

O prefeito Fabion Gomes sugeriu que a empresa PIPES, responsável pelas balsas, construa pontos de embarque e desembarque fora do perímetro urbano, argumentando que os lucros obtidos pela companhia deveriam ser revertidos, ao menos em parte, para minimizar os prejuízos à infraestrutura da cidade.

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Mágson Alves

Mágson Alves

| Criador de conteúdo | Filmaker | Fotógrafo |

CEO e fundador do Diário de Augustinópolis, o portal de notícias que mais cresce na região.

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