Assessora de Governador do Tocantins Sacou Quase R$ 1 Milhão em Espécie Durante Pandemia

Movimentação suspeita de recursos públicos durante a pandemia levanta questionamentos sobre o destino de valores sacados em espécie
por 23/08/2024
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Foto: Vinicius Santa Rosa/Governo do Tocantins

Segundo o Uol Notícias, Layane Sousa, secretária-geral do governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), é alvo de investigação após ter sacado R$ 916 mil em espécie durante o exercício de sua função. A operação da Polícia Federal, autorizada pelo STJ, levanta suspeitas de desvio de recursos públicos em contratos de fornecimento de cestas básicas durante a pandemia de COVID-19.

A investigação em curso sobre um possível esquema de desvio de recursos públicos no estado de Tocantins lançou luz sobre uma movimentação financeira significativa e suspeita. Layane Sousa, secretária-geral do governador Wanderlei Barbosa, sacou, em espécie, R$ 916 mil durante o período em que ocupava o cargo. Esse saque foi identificado durante as quebras de sigilo bancário autorizadas pela Justiça e é um dos principais focos da operação da Polícia Federal, que apura o desvio de verbas públicas destinadas à compra de cestas básicas entre 2020 e 2021.

Os investigadores ainda não determinaram o destino do dinheiro sacado, mas uma das hipóteses levantadas é que esses recursos possam ter sido redirecionados ao próprio governador ou a outros envolvidos no esquema. O montante, que representa quase R$ 1 milhão, chama atenção pela sua magnitude e pela forma como foi retirado – em espécie, o que dificulta o rastreamento e aumenta as suspeitas sobre o uso desses recursos.

A operação desta quarta-feira (21), autorizada pelo ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), faz parte de uma série de inquéritos que investigam irregularidades no fornecimento de cestas básicas em Tocantins. O programa, criado para auxiliar a população durante a crise sanitária da COVID-19, teria sido utilizado como fachada para o desvio de grandes somas de dinheiro público.

Entre os principais suspeitos estão o governador Wanderlei Barbosa, seus familiares e assessores próximos. A investigação sugere que os assessores diretos de Barbosa atuavam como proprietários de fato das empresas contratadas para fornecer as cestas básicas. Essas empresas, por sua vez, transferiam valores para os assessores, que então sacavam o dinheiro em espécie, dificultando a rastreabilidade das transações.

O caso de Layane Sousa é o mais emblemático até agora, pois o valor sacado por ela é o maior identificado pela investigação. Além disso, a natureza das transações – realizadas em um período crítico da pandemia – reforça as suspeitas de que o dinheiro poderia estar sendo utilizado para finalidades ilícitas, como o enriquecimento pessoal ou financiamento de atividades políticas.

Em sua decisão, o ministro Mauro Campbell destacou: “A investigação logrou angariar evidências consistentes, capazes de indicar que, de fato, o programa de fornecimento de cestas básicas pela Secretaria Estadual do Trabalho e Assistência Social – SETAS, do estado do Tocantins, foi marcado por fraudes sistemáticas, preordenadas ao desvio de recursos públicos”.

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Mágson Alves

Mágson Alves

| Criador de conteúdo | Filmaker | Fotógrafo |

CEO e fundador do Diário de Augustinópolis, o portal de notícias que mais cresce na região.

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