A comunidade quilombola da Ilha de São Vicente, em Araguatins, no Tocantins, está enfrentando uma luta constante para proteger seu território. Reconhecido pela Fundação Cultural Palmares como território quilombola em 2010, a área é cercada pelo Rio Araguaia e abriga mais de 40 famílias.
No entanto, invasores sem escrúpulos estão destruindo a natureza e cometendo crime ambiental, derrubando árvores sem autorização.
A última ofensiva veio com a derrubada de uma árvore centenária, uma espécie nativa brasileira, o estopeiro, que era protegida e valorizada pela comunidade.
Quando os membros da comunidade descobriram o tronco caído e as madeiras espalhadas, eles ficaram arrasados. Essa árvore era um símbolo da comunidade, eles haviam preservado ela desde a sua chegada ao território. Eles ainda guardam uma fotografia antiga ao lado do tronco em pé.
Diante desse crime, eles imediatamente denunciaram a situação aos órgãos ambientais e exigiram providências das autoridades.
“O que estão fazendo no nosso território é crime ambiental. Derrubaram uma árvore centenária, sempre protegida pela comunidade. De repente uma pessoa chega e corta sem saber a importância da árvore, sem saber o que ela representa. Ela era o símbolo da nossa comunidade. Isso é crime e as autoridades precisam tomar providências”, disse Domingos Willian.
A luta da comunidade quilombola da Ilha de São Vicente é uma luta pelo direito à terra, à preservação do meio ambiente e à valorização da natureza.