Cerca de 100 indivíduos foram convocados para uma reunião crucial no auditório da Câmara Municipal de Augustinópolis, na última quinta-feira. O objetivo? Informá-los sobre a iminente reintegração de posse da área ocupada ilegalmente por mais de sete meses, situada na região destinada à construção da Estação de Tratamento de Esgoto de Augustinópolis, um projeto da BRK Ambiental.
A sessão, marcada por tensão e expectativa, concentrou-se na delicada questão da desocupação pacífica da área, que atualmente abriga cerca de 500 lotes de 10×30 metros, ocupados por pessoas que alegam não possuir moradia própria.
Autoridades locais, incluindo um oficial de justiça, advogados e o tenente da Polícia Militar, foram unânimes em esclarecer os termos do mandado judicial e enfatizar a importância de uma resolução pacífica para evitar conflitos. “O que vocês podem fazer é retardar, mas não impedir”, alertou o oficial de justiça presente.
Apesar das vozes de descontentamento e protesto que ecoaram durante toda a reunião, o prazo estipulado para a desocupação voluntária foi fixado para a meia-noite da próxima quinta-feira. Josivan Moraes, um dos ocupantes, expressou sua frustração com a ausência de representantes do governo municipal: “Era importante que tivesse alguém da prefeitura para nos apoiar e apontar uma solução, como adquirir uma área para lotear para todos. Nos sentimos como cidadãos sem direitos”, desabafou.
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Diversos órgãos públicos e entidades estiveram representados na reunião, incluindo a Polícia Militar, o Conselho Tutelar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, é claro, a BRK Ambiental. No entanto, a ausência de uma iniciativa concreta por parte da prefeitura deixou muitos questionamentos em aberto.
A reportagem do Jornal Voz do Bico buscou esclarecimentos junto ao presidente da Câmara Municipal, vereador Pi, sobre possíveis iniciativas do Executivo para adquirir uma área destinada ao loteamento popular. Segundo ele, não há nada em andamento nesse sentido na Casa Legislativa. “Já houve conversas nesse sentido, mas não temos nada em pauta do Poder Executivo!”, afirmou.
O Portal Voz do Bico também tentou contato com o Secretário de Administração em exercício para obter mais informações sobre a situação, mas até o momento não houve resposta.
Com a contagem regressiva para a data limite de desocupação se aproximando rapidamente, a comunidade de Augustinópolis enfrenta um momento de incerteza e tensão, aguardando ansiosamente por uma resolução que concilie os interesses dos ocupantes com as diretrizes legais estabelecidas.
