O cenário na TO-201, próximo a Axixá do Tocantins, era de caos nesta manhã. Um congestionamento quilométrico envolvendo carros, caminhões e motos virou palco de reclamações e frustração, reflexo direto da sobrecarga nas rotas alternativas desde o desabamento da ponte que conectava Estreito, no Maranhão, a Aguiarnópolis, no Tocantins. A ponte, crucial para a logística e o deslocamento na região, permanece inativa desde o colapso, gerando uma crise que afeta moradores, motoristas e autoridades.
O fluxo intenso de carretas, somado aos decretos municipais que restringem a circulação de veículos acima de 25 ou 30 toneladas em algumas cidades, tem tornado a mobilidade na região do Bico do Papagaio quase insustentável. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver a extensão do engarrafamento em Axixá, com caminhões e veículos parados por horas, à espera de uma solução que parece distante.
Prefeitos adotam medidas emergenciais para proteger infraestrutura local
A Prefeitura de Axixá, por meio do Decreto nº 651/2025, proibiu o tráfego de caminhões e veículos pesados nas principais ruas do município, incluindo a Rua do Comércio e a Rua 13 de Maio. Segundo o prefeito Auri Wulange Ribeiro Jorge, a decisão foi baseada na necessidade de preservar a infraestrutura urbana e garantir a segurança da população, já que o tráfego intenso comprometeu o asfalto e aumentou os riscos de acidentes. “Não podemos permitir que nossa cidade vire um ponto de colapso logístico. Estamos fazendo o possível para organizar o trânsito e preservar nossas vias”, declarou o prefeito em nota.
Outros municípios, como Tocantinópolis, também adotaram restrições semelhantes. O prefeito Fabion Gomes limitou o tráfego de caminhões acima de 25 toneladas no perímetro urbano, o que gerou protestos de caminhoneiros e críticas ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).