O corpo de Andreia Maria de Sousa, 45 anos, foi encontrado pelos bombeiros nesta terça-feira (24). Ela era uma das motoristas que transitavam pela ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no momento em que a estrutura desabou, no último domingo (22). Outras três vítimas fatais foram localizadas, e 13 pessoas seguem desaparecidas. O acidente ocorreu enquanto veículos passavam pelo vão central da ponte, que liga os estados do Tocantins e Maranhão.
A tragédia aconteceu por volta das 14h50, quando o vão central da ponte cedeu, lançando quatro caminhões no Rio Tocantins. Entre eles, dois transportavam ácido sulfúrico, um defensivos agrícolas e outro material MDF. A presença de materiais perigosos tem dificultado as buscas subaquáticas, interrompidas por risco de contaminação e corrosão.
O marido de Andreia, José de Oliveira Fernandes, emocionou-se ao relembrar os momentos antes do acidente. “Companheira de estrada, uma pessoa maravilhosa. Dói muito, perder uma pessoa assim. Para mim, ela ainda está viva, não está debaixo d’água”, disse ele à TV Anhanguera. José e Andreia haviam se encontrado poucas horas antes do desabamento, enquanto ele aguardava socorro mecânico.
As autoridades estão mobilizadas. O DNIT enviou técnicos ao local para avaliar as causas do colapso. Mergulhadores da Marinha e órgãos ambientais também atuam na área. Amostras da água foram coletadas para analisar os impactos das cargas tóxicas. O Ministério Público Federal (MPF) investiga possíveis danos ambientais.
Segundo relatos de testemunhas, o desabamento foi capturado em vídeo, mostrando o momento exato em que a estrutura cedeu. “É difícil descrever o impacto de ver algo assim acontecendo”, disse uma das testemunhas que estava nas proximidades.
Contexto e próximos passos:
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira é uma das principais ligações entre o Tocantins e o Maranhão, crucial para o transporte de cargas e passageiros. O acidente reforça questionamentos sobre a manutenção de infraestruturas críticas no país.
Enquanto as buscas prosseguem, o foco das autoridades está na localização dos desaparecidos e na mitigação de possíveis danos ao meio ambiente. A análise das causas do desabamento deverá apontar responsabilidades e evitar que novas tragédias ocorram.
A tragédia no Rio Tocantins expôs fragilidades na infraestrutura e desafios na gestão de emergências envolvendo cargas perigosas. Com as buscas em andamento e as investigações recém-iniciadas, famílias aguardam respostas e justiça.